domingo, 3 de fevereiro de 2013

Mais trabalho, menos choro


O IBGE informa que a produção industrial brasileira fechou 2012 com queda de 2,7%. Em 2011, a indústria havia tido um aumento de 0,3% na produção. Em dezembro do ano passado, a produção industrial apresentou expansão de 0,4% na comparação com novembro. Em relação a dezembro de 2011, foi observada uma queda de 3,6%.
Divulgados os números, os tais analistas econômicos que infestam as páginas dos jornalões vão se banquetear. Dirão que o fraco resultado da indústria mostra que as medidas de incentivo à economia lançadas pelo governo federal ainda não fizeram efeito - se é que farão algum dia - e, em meio ao blá-blá-blá de sempre, darão a receita infalível para que os nossos industriais voltem a sorrir: menos impostos e redução do tal "custo Brasil".
Esses provectos analistas pintarão um quadro no qual o Brasil aparece em frangalhos, escangalhado por um governo que não acerta uma, pois afinal é tocado por gente que não é do ramo, uns bicões que vieram estragar a formidável festa patrocinada por impecáveis "promoters" de olhos azuis e sotaque estrangeiro.
Pura cascata.
Os nossos bravos industriais, verdade seja dita, nunca antes haviam sido contemplados com tantas benesses quanto nesses últimos anos.
Não passa um mês sem que o governo dê a eles alguma vantagem.
Só não podem querer que esse intrincado sistema fiscal brasileiro, um monstrengo montado ao longo dos anos por uma série de governantes, seja destruído agora de uma só tacada.
O fato é que, se não lucraram mais, a culpa é exclusiva deles, que, com exceções, não investem em novas tecnologias, não qualificam seus funcionários, utilizam processos administrativos arcaicos, desconhecem as regras básicas do marketing, agem como amadores num mundo controlado por profissionais.
São incompetentes, em resumo.
Por isso, por causa de sua própria incapacidade, só sabem chorar, vivem a reclamar disso ou daquilo, sempre esperando uma ajudazinha do governo.
Se querem ser mais bem-sucedidos neste regime capitalista que tanto defendem como a mais perfeita invenção do homem, a receita é simples: levantem as bundas das cadeiras e trabalhem.

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