quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O brasileiro é feliz


Enquanto os "analistas" dos jornalões nos induzem a acreditar que o fim do mundo está mesmo próximo, que o Brasil não tem mais jeito e é apenas uma mera questão de tempo para que todas as desgraças neoliberais que assolam os países desenvolvidos nos conduzam a um estágio de semibarbárie, a realidade nos sacode e nos enche de esperanças.
Está lá, no Comunicado 158 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), intitulado "2012: Desenvolvimento Inclusivo Sustentável": a queda da desigualdade se acelerou em 2012 e a renda segue em forte alta, informam as famílias brasileiras, que se declaram altamente satisfeitas.
Essa constatação, que pode surpreender os tais "economistas" especializados em vaticinar desgraças, vem do resultado de respostas a perguntas padronizadas de questionários internacionais aplicadas em outubro em 3.800 pessoas, e que confirmam o alto grau de felicidade prevalecente no país.
O Comunicado 158 revela que, numa escala de 0 a 10, os brasileiros dão, em média, nota 7,1 para suas vidas. Esse nível colocaria o país em 16º lugar entre 147 países pesquisados no Gallup World Poll, que apontava uma felicidade média de 6,8 no Brasil em 2010.
O bem-estar percebido neste ano pode encontrar razões na Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que registra desemprego nos menores níveis da série iniciada em 2002 e rendas crescendo bem mais que o PIB per capita.
A renda individual média da população de 15 a 60 anos de idade subiu 4,89% de 2011 para 2012, ante uma taxa média de 4,35% ao ano entre 2003 e 2012.
Já a desigualdade de renda domiciliar per capita caiu em 2012, segundo a PME, a uma velocidade 40,5% maior que a observada de 2003 a 2011 na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), também do IBGE. As rendas que mais crescem são as dos mais pobres e as de grupos tradicionalmente excluídos, como mulheres, negros e analfabetos.
A nota média de satisfação com a vida de quem recebe mais de dez salários mínimos é 8,4, diante de 6,5 de quem vive apenas com o mínimo e 3,7 dos sem renda.
Embora pobre, a região mais feliz do país é o Nordeste, com nota média de 7,38. Se fosse um país, o Nordeste estaria em 9º lugar no ranking global, entre a Finlândia e a Bélgica. As médias das demais regiões são 7,37 no Centro-Oeste, 7,2 no Sul, 7,13 no Norte e 6,68 no Sudeste.

Um comentário:

  1. Excelente matéria, pois mesmo em meio as adversidades o brasileiro se completa....
    wwwsabereducar.blogspot.com

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