segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

FHC, a inveja e a vaidade


FHC está aposentado da vida pública. Nunca mais concorreu a nenhum cargo eletivo. Há quem ache isso bom, há quem ache ruim. Seu partido, em época de eleição, faz de tudo para escondê-lo, com medo de que as pessoas se lembrem do desastre que foram os seus governos.
Apesar disso, FHC é tratado como um superstar pela midiazona brasileira. Dia sim, outro também, ele aparece dando palpite em alguma coisa, achando isso ou aquilo, nunca escondendo a inveja que sente do seu sucessor, e sempre à procura de algo que o diminua.
A última de FHC foi criticar quem mistura o público e o privado, numa óbvia referência a Lula. 
Seria cômico, se não fosse triste, se não espelhasse o que vem sendo a vida política do país desde o seu início.
FHC dar lição de moral sobre esse tema é como se ele julgasse que todos os outros habitantes da Terra fossem perfeitos idiotas.
Mas FHC escolheu porque quis esse caminho, de ser o mais falso entre os falsos moralistas, o mais lacerdista entre todos os sub-Lacerdas que existem por aí.
De certo modo, vendeu sua alma ao diabo, em troca de ver seu nome estampado nos jornalões. 
Foi vencido pela vaidade.
Cego, não percebe que está jogando fora o pouco que ainda resta de sua reputação intelectual e que suas "análises" beiram os mais reles crimes contra a honra.
A vaidade pode ser a maior inimiga do homem.
Deixar-se levar por ela pode custar caro a quem pretende deixar seu nome para a história.
Intoxicar-se com ela e com os eflúvios igualmente deletérios da inveja, então, pode ser um coquetel mortal.

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