sábado, 29 de setembro de 2012

Serra, sem casa; Russomanno, com sete


O que os anos de dedicação à causa pública fizeram a José Serra... O dado consta, ou melhor, não consta, de sua declaração de bens registrada no Tribunal Regional Eleitoral: o ex-deputado, ex-ministro, ex-prefeito e ex-governador não possui sequer uma casa ou apartamento! Deve morar de favor, ou então pagar aluguel...
Dar uma olhada nessas declarações de bens é muito interessante. A gente fica sabendo que Serra declarou um patrimônio de cerca de R$ 1,5 milhão, um terço em aplicações na Caixa. Além de não ter casa própria, ele também não tem nenhum veículo, nem carro, nem moto, talvez apenas uma bicicleta, aquela em que foi fotografado no início de sua campanha. Ou um skate...
Do trio que lidera as pesquisas paulistanas, Celso Russomanno é, declaradamente, o mais rico. Seus bens somam R$ 2,4 milhões, mas se a gente for ver direito, tem alguma coisa errada na declaração. O apresentador de televisão declarou possuir sete imóveis - casas e apartamentos - e oito veículos - os valores estão um tanto quanto subestimados.
De qualquer forma, a lista mostra que ele, em seus anos de trabalho, soube não só defender os interesses do consumidor - garantiu o seu com muita competência.
Fernando Haddad, a julgar pelos bens declarados, é um típico classe média: tem dois imóveis e um carro. No total, cerca de R$ 470 mil em bens.
Soninha também tem esse perfil de classe média: um imóvel, um carro, uma moto. Mas ela certamente se enganou ao preencher a declaração: como é que o seu "título do clube de campo de Valinhos" pode valer R$ 90 mil?
Gabriel Chalita é, de todos os candidatos à prefeitura paulistana, disparadamente, quem mais soube aproveitar as oportunidades proporcionadas pelo nosso sistema capitalista. Declarou possuir R$ 11,5 milhões em bens, entre eles dois apartamentos, um no Rio e outro em São Paulo, no bairro de Higienópolis, que vale, segundo ele, R$ 4,5 milhões.
Como Chalita afirma ser sócio da Casa de Saber e Cultura, fica mais fácil entender o seu sucesso. Só alguém muito sábio poderia chegar onde chegou em tão pouco tempo.
Entre os nanicos, o homem do aerotrem, Levy Fidelix, fica com a pole: declarou bens no total de R$ 410 mil. Até aí, nada demais. O detalhe curioso de sua declaração são os R$ 90 mil de "reserva pessoal" - dinheiro que guarda debaixo do colchão, talvez por desconfiar da eficiência e honestidade do nosso sistema bancário, ou mesmo achar que uma quebradeira generalizada possa deixá-lo sem nada de um dia para outro. Por isso, quem sabe, só deixou R$ 385 "em diversos bancos".

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