No meio do lixo

Fui ao mercado municipal de São Paulo nesse feriado de 7 de setembro. Desci no metrô São Bento e caminhei até lá, passando pela famosíssima rua 25 de Março, depois de muitos anos. Uma multidão circulava por ali. Centenas de policiais também. E muita, mas muita sujeira, lixo pelas calçadas, pichações enfeiando os já deteriorados prédios, mau cheiro impregnado em todo lugar.
É impressionante como o poder público de São Paulo é omisso, despreparado, incompetente.
Aquela região deve receber dezenas de milhares de pessoas diariamente, muitas delas de outras cidades, que vêm a São Paulo apenas para fazer compras ou conhecer a 25 de Março.
Por si só o local já é uma atração turística.
Por que não, então, cuidar dele, deixando-o pelo menos limpo?
Só isso já deixaria a 25 e imediações com uma nova cara, muito mais atraente para os turistas e os cidadãos paulistanos.
E se os prédios fossem pintados?
E se fossem construídos banheiros públicos, se os camelôs fossem regularizados, se as ruas se transformassem num imenso, florido e bem cuidado calçadão?
O mesmo vale para o mercado municipal, cujo exterior está caindo aos pedaços.
Não existe ninguém na prefeitura ou no governo do Estado capaz de perceber que essas ações não são um gasto, mas sim um investimento capaz de beneficiar um monte de gente?
Às vezes tenho a impressão que o paulistano gosta mesmo de coisas feias, de poluição, dessa porcaria toda que virou a cidade.
Ou então que é um povo notavelmente estúpido, que ainda acredita na geração espontânea, que é incapaz de perceber que nada acontece por acaso, que tudo tem uma causa.
E essa causa, peloamordosmeusfilhinhos!, tem nome, sobrenome, endereço etc e tal.