quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Serra e FHC, muy amigos


Na política há certos tipos que não se emendam. Não percebem que seu tempo passou. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é uma dessas pessoas. Fica zanzando de lá para cá em busca da notoriedade que perdeu faz tempo, justamente, por ser reconhecido como um dos piores governantes que o Brasil já teve.
Agora, ele se dedica a cravar a estaca de madeira na candidatura do velho companheiro José Serra: na medida de suas forças (sic) ele se engajou na batalha para eleger Serra prefeito de São Paulo - na falta de coisa melhor.
"O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso estreou na campanha de José Serra (PSDB) à prefeitura de São Paulo em evento com a 'classe artística' nesta terça-feira 18 em um cinema da avenida Paulista", escreve Piero Locatelli no site da Carta Capital. "O encontro teve a participação de artistas e intelectuais como o reitor da Universidade de São Paulo, João Grandino Rodas, o cantor Agnaldo Timóteo, a atriz Bruna Lombardi, o maestro Julio Medaglia, o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Lafer e o ator Odilon Wagner. Fernando Henrique fez um discurso lembrando sua relação com Serra desde quando ele era 'um jovem de olhos esbugalhados'. Em dois momentos distintos, ele usou as palavras 'amor' e 'carinho' para falar do candidato que ostenta hoje o maior índice de rejeição em São Paulo (46%)."
A notícia dá bem uma ideia precisa do estrago que FHC é capaz de fazer na campanha de Serra.
Destaco a seguir alguns "elogios" trocados entre os dois, que se dizem amigos há muito tempo.

FHC sobre Serra:
 "O Serra tem uma característica que precisa ser ressaltada: ele se dá bem com as crianças. Pode parecer fora de moda e inapropriado falar disso, mas não é.'"
“O Serra é uma pessoa que é capaz de expressar amor do jeito que ele é, que é um jeito que disfarça as virtudes.
Serra sobre FHC:
“O Fernando Henrique divulgou coisas minhas, ‘calúnias’ que pegaram no Brasil. Uma delas é que eu só vi uma vaca com 50 anos de idade, coisa que me deu um trabalho enorme na campanha quando ia para o agronegócio. Eu não vi uma vaca com 50 anos, mas com 17 anos”.
" Eu invejo várias coisas do Fernando Henrique. Uma delas é que todo mundo que vai conversar com ele sai feliz da vida. Às vezes ele não tem nenhuma opinião brilhante, mas a pessoa sai se achando o máximo.”
 “O bolchevismo tinha pelo menos a utopia da igualdade, não importa se não fizeram. Foi assim que o Fernando Henrique foi comuna, o Goldman, não foi? Walter Feldman, Edson Aparecido. Se vamos aqui dedar (todo mundo), só eu saio dessa.”


Como deu para perceber, esse é o tipo de amizade que faz a pessoa adorar ter inimigos declarados.

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