segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Agora é a vez do Brasil
Nem bem terminou a Olimpíada de Londres, os jornalões já começam a sua campanha contra os jogos que serão realizados no Rio, em 2016.
É o mesmo do mesmo: não vai dar certo, o Brasil tem outras prioridades, vamos dar um vexame, será uma roubalheira - tudo o que se falava sobre a Copa do Mundo de futebol de 2014.
A respeito da Copa, é interessante notar que aqueles críticos mais agudos estão agora caladinhos. Perceberam que disseram bobagens demais, como, por exemplo, duvidar da capacidade de o país construir estádios - ou seria arenas? - tão bonitas e confortáveis como as da Alemanha, Coreia do Sul, Japão ou França.
Como as obras estão adiantadas, algumas quase concluídas, passaram a ver fantasmas em outros lugares. Agora são os aeroportos que não comportarão o fluxo de passageiros - mais uma besteira, pois daqui a poucos meses vai estar tudo resolvido.
Claro que algumas obras do que hoje chamam de "mobilidade urbana" não ficarão prontas a tempo de servirem aos turistas e aos moradores das cidades-sede durante a Copa. Isso, porém, não tem importância nenhuma, desde que elas sejam concluídas.
Afinal, como dizem os tais críticos, o que vale mesmo é o legado da Copa para o país - obras de infraestrutura em geral, principalmente.
O problema da Copa e da Olimpíada do Rio não serão as obras físicas.
A imagem do Brasil pode sair arranhada dos dois eventos menos pela capacidade de realizá-los do que de se sair, esportivamente, bem das competições.
Como se viu em Londres, o futebol brasileiro não anda lá essas coisas. Na verdade, a julgar pela seleção olímpica, temos um longo caminho a percorrer até que possamos dizer que somos um dos favoritos para ganhar a Copa.
Já em relação aos esportes olímpicos, apesar do recorde de 17 medalhas, não há ninguém que arrisque dizer que o Brasil não continuará tendo uma participação medíocre nos jogos, com uma ou outra medalha de ouro a resgatar o nosso orgulho e a nos lembrar que os esportes não se resumem ao futebol.
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