segunda-feira, 2 de julho de 2012

Serra e seus vices


Depois de Indio da Costa e Gilberto Kassab, Alexandre Schneider.
Está certo que vice é vice, mas de vez em quando eles assumem, caso de José Sarney, Itamar Franco e do próprio Kassab.
E quando isso acontece...
Com José Serra, porém, esse negócio de vice, como se vê, não tem a menor importância.
Pode ser qualquer um, desde que não atrapalhe seus planos.
Quanto mais medíocre, quanto mais insignificante, melhor.
O importante para Serra sempre foi e sempre será o próprio Serra. 
Vices como os que teve são os ideais.
Não acrescentam nada à campanha eleitoral.
São nulos intelectualmente, não conseguem votos, mas também não atrapalham a trajetória do candidato que sobrevive graças à benevolência dos jornalões que o acham o homem certo para tirar o Brasil das mãos da gentalha.
Isso, para Serra, é o que basta: não ter ninguém que lhe faça sombra, que lhe tire o "brilho", que possa servir de comparação com a sua "genialidade", mesmo que ela se aproxime muito dos conhecimentos tirados das páginas do Almanaque Capivarol.
O vice, para Serra, tem de ser isso: pequeno, desconhecido, um quase anônimo.
Tem de ser eternamente um vice. 
Porque Serra é Serra, um predestinado, como ele mesmo já se definiu.
Acima de tudo e de todos. 
E pessoas como ele são únicas, não precisam de mais ninguém, apenas delas próprias.
O vice, para Serra, é só um nome e um sobrenome.
Qualquer um.
Não importa.

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