Federico Franco, feliz da vida com a reação pífia do Brasil ao golpe de Estado que o levou à presidência do Paraguai (Foto: Marcello Casal Jr./ABr) |
Será que os sabichões que conduzem a diplomacia brasileira, os especialistas em geopolítica, todo esse pessoal das Forças Armadas que adora brincar de construir cenários de guerra, será que os assessores e a própria presidente Dilma não estão convencidos de que o que se passou no Paraguai não foi simplesmente o afastamento de um presidente que criava alguns empecilhos à oligarquia do país?
Não dá para esses gênios do Planalto pensarem com um pouco mais de profundidade e perceberem que por trás de tudo está o interesse americano em não permitir que o Brasil se efetive como uma potência, mesmo regional?
É tão difícil assim somar 2 mais 2 e ver que um Paraguai dócil aos americanos, pela sua posição estratégica, é algo extremamente ruim para o Brasil?
Argentina, Venezuela, Equador e Bolívia, que esculhambaram os golpistas paraguaios, acertaram na mosca. Seus governantes sabem muito bem o perigo que é para a região mais um país - Chile, Peru e Colômbia já estão dominados - sob a influência americana, dançando a música das grandes corporações, comendo na mão de Tio Sam.
O Brasil, pela dimensão política que pretende exercer no mundo, deveria estar liderando, e não a reboque, do processo de isolamento dos golpistas paraguaios.
A nota do Itamaraty está reproduzida abaixo na íntegra. É de uma pusilanimidade constrangedora. Gostaria que nossos governantes a relessem mil vezes até que enjoassem dela, para assim vomitá-la. É uma peça que diminui o Brasil e o esforço de torná-lo respeitado internacionalmente.
O Governo brasileiro condena o rito sumário de destituição do mandatário do Paraguai, decidido em 22 de junho último, em que não foi adequadamente assegurado o amplo direito de defesa. O Brasil considera que o procedimento adotado compromete pilar fundamental da democracia, condição essencial para a integração regional.
Medidas a serem aplicadas em decorrência da ruptura da ordem democrática no Paraguai estão sendo avaliadas com os parceiros do MERCOSUL e da UNASUL, à luz de compromissos no âmbito regional com a democracia.
O Governo brasileiro ressalta que não tomará medidas que prejudiquem o povo irmão do Paraguai.
O Brasil reafirma que a democracia foi conquistada com esforço e sacrifício pelos países da região e deve ser defendida sem hesitação.
O Embaixador do Brasil em Assunção está sendo chamado a Brasília para consultas.
Assino embaixo do que vc escreveu!!!
ResponderExcluirSinto-me envergonhada!!!
1: Você leitor pode estranhar a princípio as palavras que vou usar, mas não se preocupe porque vou explicar da maneira mais simples até porque sou simples, também não gosto de textos complicados. Mas o golpe branco que planejam para o Brasil é pior do que o que foi dado no Fernando Lugo no Paraguai e tão sério que merece um pouco a mais de nosso esforço para compreende-lo.
ResponderExcluirNão é hora de fugir da "Realpolitic" pejorativamente (vou explicar mais adiante) e nem do maquiavelismo pejorativamente (também vou explicar mais adiante) e ficar com dedinhos, ofendido e cheio de não me toques. É hora de falar sério. O Brasil é a Galinha dos ovos de ouro das Ámericas e a votação do mensalão apressadamente é a derrubada de nossa democracia a médio prazo, arranjado pelo vende-pátria. Não será bom nem para situação e pior ainda para a oposição.
Vou por partes porque o momento é crítico para todos nós. Primeiro explicando o que é a Realpolitic "pejorativamente", Realpolitic é alemão e quer dizer Realítica Política, diplomacia, a prática em detrimento de noções ideológicas, já o termo usado pejorativamente, quer dizer política que são coercitivas, imorais ou maquiavélicas ´pejorativamente", por que Maquiavel escreveu um livro O Principe, considerado cabeceira de cama de todos os Reis e políticos porque os ensina a governar em várias hipoteses de principados, direções que um governo pode tomar em situações que surjam de surpresa, com atitutos boas ou más para manter o seu principado, na concepção do povo. E Maquiavel e Nietsche defendem a "Realpolitic" pejorativa como um tipo de realismo político, maquiavélico no pejorativamente que "Realpoliticmente dizendo" não é, pejorativamente, é o real da política como o "Realpolitic" pejorativamente não é, pejorativamente, é o real. E é o que esta acontecendo no Brasil
Estamos no auge do Maquiavelismo e da Realpolitic para alguns em seu uso pejorativo, em pleno vapor.