sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
As verdades tucanas
Três notáveis tucanos que buscam ser candidatos à Prefeitura de São Paulo - Andrea Matarazzo, Ricardo Trípoli e José Aníbal - mostraram, em um debate público, como pretendem enfrentar, na campanha, o petista Fernando Haddad. Elegeram o crack como tema e bateram pesado no PT: para eles, o inferno da Cracolândia foi, nada menos, uma criação do partido.
A acusação, no melhor estilo truculento que a Polícia Militar paulista exibe nas ruas, parece ser uma tentativa de criar um factoide, tal o seu absurdo.
Como faz parte da campanha eleitoral, em que os exageros verbais e os desvarios mentais predominam na maioria dos candidatos, ela deve ser relevada por Haddad e o PT.
Mesmo porque Matarazzo, Trípoli e Aníbal não são, exatamente, políticos de expressão fora do quadro tucano.
De qualquer forma, o que disseram nesse debate que fizeram para apresentar suas "propostas" para a cidade, tem interesse na medida em que consolida uma posição ainda mais à direita do PSDB, que agora, contrariando o seu presidente honorário, o ex-presidente FHC, acha que a solução para o problema das drogas é, antes de tudo, policial.
Trípoli, aliás, revelou, talvez sem querer, o que pensam os tucanos paulistas deles mesmos, ao chamar Haddad de "paraquedista" na política do Estado e a recriminar o PT por ficar "dando palpite" na política de São Paulo.
Há décadas mandando e, principalmente, desmandando em terras paulistas, os tucanos se acham donos do pedaço. Têm agora justas razões para elevar o tom da campanha que ainda nem começou, pois sabem que desta vez correm sérios riscos de serem fragorosamente derrotados.
"Não vamos fugir da briga. Eles já estão correndo. A eleição vai polarizar, sim. Vai ser o confronto entre as propostas e a verdade do PSDB e a mentira e a falsidade do PT", disse Tripoli à sua plateia.
Estamos mesmo todos aqui, cidadãos paulistanos, esperando as "propostas" e a "verdade" do PSDB. Faz muito, muito tempo que estamos esperando.
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