terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Para ler e discutir


Somente dias depois da publicação do livro "A Privataria Tucana", seus principais personagens vieram a público para negar as denúncias do jornalista Amaury Ribeiro Jr., amplamente documentadas. Antes, foi preciso que eles combinassem o que iriam dizer. Seguem o roteiro que qualquer advogado sabe preparar: não tenho nada com isso, é tudo mentira, quem me acusa é um desqualificado, no momento certo irei provar que sou inocente (sic), e tome um blá-blá-blá infindável.
Eles falam também que pretendem processar o autor do livro - quiçá o editor.
Ambos, Amaury e Luis Fernando Emediato, dizem estar aguardando ansiosos pelos processos, pois assim terão oportunidade de provar que tudo o que o livro afirma é verdade.
Para nós, meros cidadãos desta jovem república, só resta aguardar.
Quem sabe a Câmara dos Deputados também não resolva pôr de pé a CPI para investigar as denúncias do livro, movida pela pressão da sociedade?
Se pelo menos isso acontecer, 2012 poderá valer a pena, poderá ser um ano em que o país discutirá um pouco mais a fundo a grave doença da corrupção, sem se ater a tapiocas compradas com cartão de crédito corporativo, ou às "investigações" seletivas, cujo foco são os integrantes do governo Dilma, meros ataques coordenados pela oposição para minar o PT e seus aliados.
O fato é que a carreira do livro ainda está longe de terminar. Pelos seus méritos e pela necessidade de o Brasil encarar de frente os problemas que ele levanta.

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