quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Opção pelo interior


Um pouco da estratégia do governo na área de comunicação foi apresentada no 1º Congresso dos Diários do Interior do Brasil, em Brasília, pelos representantes da Secretaria de Comunicação Social (Secom) que foram apresentar seus produtos aos jornais. “O governo acredita na força da mídia regional, por ela falar diretamente ao leitor. Não são jornaizinhos ou televisõezinhas. Acreditamos serem essas, verdadeiramente, as mídias fortes do Brasil, porque são as que falam [mais diretamente] com os leitores, e por serem elas a quem o leitor recorre pela manhã”, disse a diretora do Departamento de Relações com a Imprensa Regional da Secom, Patrícia Linden.
Segundo o diretor de Mídia da Secom, Fabrício Gonçalves Costa, entre os objetivos relativos à publicidade do governo federal estão a diversificação e a desconcentração dos investimentos na mídia, de forma a valorizar os veículos regionais e fomentar a profissionalização dos mercados locais. “Em 2003, tínhamos cadastrados apenas 499 veículos em 2.733 municípios. Em 2010 já tínhamos catalogado 8.094 veículos em 2.733 municípios. Agora, em 2011, o número de veículos jornalísticos cadastrados chegou a 8.435”, disse Costa.
Essa descentralização da verba publicitária explica em parte a campanha que os jornalões fazem contra o governo federal. Além, é claro, do próprio ódio de classe - o patronato, que forma um poderoso oligopólio, nunca aceitou, e nunca vai aceitar, que um partido de esquerda, governo o país impunemente.
De acordo com a Associação dos Diários do Interior (ADI), os 380 jornais diários do interior do Brasil são responsáveis pela produção de 4 milhões de exemplares por dia, com alcance aproximado de 20 milhões leitores. O diretor-executivo da ADI Brasil, Adriano Kalil explicou que entre 1,5% e 3% do faturamento anual desses veículos têm origem em verbas governamentais. “É muito claro que vivemos da nossa região, das nossas abrangências e da situação econômica das nossas localidades. Nossa região é nosso mercado de sobrevivência”, disse. “Não existem jornais de circulação nacional. Existem os de influência nacional”, disse.
Segundo ele, dos 380 jornais diários do interior, 117 estão ligados à Central de Notícias Regionais, entidade que encabeça a integração dos diários regionais brasileiros. Incluindo os que não são diários, o número sobe para 1,9 mil. Segundo ele, assim como o Produto Interno Bruto (PIB) do interior ultrapassou o das capitais, a imprensa do interior, unida, é maior do que a das grandes cidades, em especial a escrita e a radiofônica. “Juntos somos mais fortes [do que a grande mídia], mas precisamos ampliar a presença de nossos veículos fora de nossas fronteiras”, ressaltou. (Com informações da Agência Brasil)

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