quinta-feira, 7 de julho de 2011
A vez dos honestos
Os sempre alertas homens de imprensa críticos do governo federal (só os do PT, claro) esfregam as mãos de contentamento por verem mais um ministro da administração Dilma ser defenestrado, sob acusações de, no mínimo, ser complacente com um esquema de corrupção.
O tal ministro, Alfredo Nascimento, é da cota do PR, partido de centro-direita que faz parte da ampla coalização governamental. O partido não abre mão da pasta. Dilma deve respeitar o acordo que fatiou os cargos administrativos e manter alguém ligado ao PR no Ministério dos Transportes.
O pessoal do contra está feliz porque acredita que o governo Dilma está se desmoralizando rapidamente. Primeiro, o caso Palocci; agora, o caso PR. Em apenas seis meses de administração. É a herança maldita de Lula, gracejam seus expoentes.
Óbvio que nenhum governante gostaria de passar por isso. Mas há um outro lado, que é solenemente ignorado pelos tais analistas (que só veem coisas erradas no PT). Dilma não tem contemporizado, nem sido leniente, nem tampouco parece ter mudado o estilo que a levou a suceder o presidente mais popular da história do país. Foi dura, precisa, justa e inflexível nos dois casos. Deu a Palocci todas as chances de se defender. Permitiu que Nascimento, que já sabia que órgãos de seu ministério estavam sob suspeita, se mexesse para acabar com a questão. Como em nenhum dos casos teve uma resposta positiva, agiu corretamente.
Se todos os governantes deste imenso país fizessem o que ela fez, este Brasilzão seria outro, muito melhor.
Agora, é bola para frente. E passá-la, de preferência, a um jogador empenhado apenas em jogar um bom jogo. Ou seja, escolher gente que veja o trabalho na administração pública como um meio de servir o Brasil e não de aumentar a sua conta bancária. Pessoas, pelo menos, honestas.
Será que isso é pedir demais?
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