sábado, 18 de junho de 2011

Falta de comunicação


Acho que já toquei nesse assunto em alguma de minhas "crônicas", mas o tema é importante e saiu novamente da toca: é impressionante a capacidade da imprensa nativa em distorcer os fatos à sua conveniência.
O "gancho" são as notícias sobre o tal projeto que "ocultaria" o orçamento de obras da Copa do Mundo de futebol de 2014 e a opinião da presidente Dilma sobre o sigilo de documentos oficiais.
Os dois temas renderam um caudaloso noticiário antigoverno, na velha fórmula usada pela dupla imprensa/oposição para não deixar a peteca do golpismo cair: os jornalões levantam a bola e os nossos valentes políticos oposicionistas chutam para o gol.
O problema é que, mais uma vez, o gol estava vazio, ou seja, os porta-vozes governamentais demoraram para contra-atacar a enxurrada de textos mentirosos que foram publicados a respeito dos dois assuntos.
E, claro, quando a "outra parte" foi enfim ouvida, suas explicações não mereceram o mesmo destaque das acusações.
Para piorar o cenário, desta vez até o procurador-geral da República engrossou o coro oposicionista, dando uma opinião absolutamente equivocada, porque baseada em notícias falsas, sobre o Regime Diferenciado de Contratações.
O que vou dizer a seguir parece trivial, mas se aplica como uma luva para este e os dois governos anteriores: não basta governar com boas intenções, é preciso informar o público dessas boas intenções. 
Isso nada mais é que botar em prática a antiga e sempre atual frase do apresentador Chacrinha - "Quem não comunica se estrumbica." 
O governo tem um monte de recursos na área de comunicação social à sua disposição. Basta apenas se organizar para usá-los de forma mais eficiente que hoje. 
Seu arsenal, se a gente for analisar, é muito mais poderoso que o de toda a imprensa junta. 

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