domingo, 20 de março de 2011

Os EUA não mudam...


Os Estados Unidos não mudam, seja quem for seu presidente. O da vez, o simpático Obama Barack, distribuía sorrisos em Brasília enquanto mandava um de seus porta-aviões disparar sabe-se-lá quantos mísseis "inteligentes" contra a Líbia.
A nova aventura militar americana conta com o apoio da sempre subserviente Inglaterra e dos patéticos governos da França e da Itália - Sarkozy, como denunciou Kadafi, recebeu polpudas contribuições para sua campanha presidencial, e Berlusconi... bem, Berlusconi prescinde de qualquer explicação.
A agressão à Líbia foi justificada pela ONU, sob total controle dos americanos, como necessária para poupar a população civil de um "massacre" que estaria sendo perpretado pelas forças governamentais.
Como todos sabem, há uma guerra civil na Líbia, iniciada na esteira das revoluções populares que derrubaram os governos do Egito e Tunísia. Ela começou quando Kadafi resolveu reagir contra os rebeldes, que tomaram algumas cidades no leste do país. Não houve, como nos outros países árabes, adesão maciça do povo à causa dos insurgentes.
Lideranças ocidentais que até outro dia apoiavam de modo explícito o regime de Kadafi mudaram de lado, por achar que a Líbia agora deve ter um governo mais dócil aos seus interesses, pois, afinal, o país é um dos maiores produtores mundiais de petróleo.
A confusão está agora criada. Claro que, militarmente, a superioridade da "coalização" ocidental é gritante. Além disso, ela pratica a forma mais covarde de guerrear, que é essa de disparar mísseis e bombardear o inimigo, causando mais baixas civis - como no Iraque - do que militares.
O mais provável é que Kadafi não resista e entregue os pontos. Se, porém, deixar de lado a razão, pode voltar a ser o temido "cachorro louco" de tempos atrás - o homem que deu tanto trabalho para as potência ocidentais.

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