A ele foi atribuído tudo de pior no mundo: chegaram até a culpá-lo pela queda de um avião em São Paulo!
O papel da imprensa na "era Lula" , embora alguns acadêmicos já se debrucem sobre o tema, ainda merece muito mais atenção.
Devagarinho, ela foi se fortalecendo. Conseguiu acabar com a Lei de Imprensa, que, por pior que fosse, assegurava o direito de resposta a quem se julgasse ofendido; conseguiu, na prática, acabar até com a profissão de jornalista, já que hoje qualquer pessoa, mesmo um analfabeto de pai e mãe, pode trabalhar num jornal, dar as suas carteiradas por aí, se intitulando "jornalista".
A situação nunca esteve tão boa para a meia dúzia de famílias que controlam os meios de comunicação no país.
Pode, porém, piorar, se Dilma se eleger. O patronato sabe disso e não é à toa que mira todas as suas baterias contra ela.
Os patrões sabem também que a sociedade brasileira, hoje muito mais consciente de sua cidadania, vai exigir mudanças na lei que regula os meios de comunicação. A legislação é totalmente anacrônica, feita para um outro país.
Essas iniciativas de governos estaduais de criarem conselhos de comunicação, seguindo a orientação da Confecom, devem se ampliar naturalmente.
Porque, por maior que seja o lobby empresarial, por mais que sejam publicados editoriais e artigos alertando sobre a "ameaça à liberdade de expressão" de tais medidas, ninguém é mais bobo para acreditar nessas histórias.
Os empresários estão, isso sim, com medo de perder o controle total que têm sobre a informação. Apegam-se a velhos e batidos argumentos para esconder o fato de que, como todos os outros setores da sociedade, têm de se sujeitar a leis e regulamentos.
O que causa neles o maior medo é perder esse imenso poder de levar às pessoas apenas aquilo que lhes convém.
Parabéns, Motta. Nada a acrescentar.
ResponderExcluirUm bom fim de semana.