Como a educação e a saúde, a falta de um transporte público decente é obra dos governos tucanos que se sucedem no lucrativo negócio de administrar São Paulo e sua capital.
Não há desculpa nenhuma nesses casos, não dá para transferir para outros a responsabilidade que tem sido a gestão nesses setores cruciais para a população.
Vou além: deve existir alguma maneira de punir esse pessoal por ter deixado as coisas do modo que estão hoje. Se um governante não consegue nem oferecer um transporte público decente - e também educação e saúde - para a população, que precisa dele para ir trabalhar, para ir estudar, isso é sinal que, no mínimo, não sabe administrar coisa nenhuma, é um irresponsável, para não dizer coisa pior.
O metrô é a único meio de transporte que pode diminuir os problemas de locomoção em São Paulo. Os ônibus e os carros particulares servem apenas para complementar o sistema. O problema é que, em todos esses anos, os investimentos para expansão das linhas têm sido ridículos, muito aquém das necessidades.
Os governantes optaram, criminosamente, por privilegiar o uso dos carros e o resultado é isso que se vê hoje: a cidade prestes a enfartar, com as vias superlotadas de veículos a qualquer hora do dia, algo impressionante.
Eventualmente ando tanto de ônibus como de metrô. Quando não vou ao trabalho e tenho de sair do bairro em que moro, procuro ir de táxi ou ônibus até alguma estação de metrô, já que, desde que mudei para o Butantã, há dez anos, espero a chegada desse trem.
Assim, constatei que o ônibus em que o paulistano é obrigado a andar demora para chegar ao ponto, é caro, barulhento, está sempre cheio, é extremamente desconfortável e inseguro. Mas deve ser uma mina de ouro para seus donos.
O metrô não fica atrás, já foi bom, hoje é quase igual aos ônibus, com os vagões sempre lotados, atrasos constantes, sem contar o preço da passagem.
Também, pudera: tem menos que 70 quilômetros de linhas para atender uma cidade gigantesca como São Paulo.
Por tudo isso, essa história de o governador mandar a polícia investigar as causas da paralisação de terça-feira é uma piada.
O caso de polícia, desta vez, é a própria administração do Metrô, o prefeito e o governador de São Paulo.
Os vilões da história são eles.
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