O de Serra pareceu mais convencional, um déjà vu de outras campanhas, de outros candidatos. Não inova. Os depoimentos dos "populares" repletos de elogios ao tucano repetem uma fórmula bem batida: afinal, quem leva aquilo a sério?
Mas o que mais me chamou a atenção no seu programa foi a ausência, em sua biografia, de alguma referência aos anos que passou fora do país.
Há um hiato entre os tempos de líder estudantil e de secretário estadual de governo, nenhuma menção ao fato de que Serra, depois do golpe militar, saiu do país e viveu no Chile e nos Estados Unidos. Tentativa de não perder os votos da direita?
Existem ainda outros pontos que podem criar problemas no decorrer da campanha: Serra insiste em dizer que criou o FAT e os medicamentos genéricos, quando todos sabem que isso não é verdade.
Já o programa de Dilma teve a preocupação de equilibrar razão e emoção, além de tocar num ponto que certamente seu adversário pretende explorar negativamente: seu passado de luta contra a ditadura.
O episódio foi tratado de tal maneira que quem viu certamente não vai identificar naquela mulher idealista uma sanguinária guerrilheira.
A participação de Lula foi menor que o esperado, mas suficiente para mostrar ao eleitor quem de fato é o candidato, ou, no caso, a candidata, que ele apoia.
No mais, se procurou mostrar uma Dilma com ideias próprias, simpática, humana, para desfazer a imagem de durona e insensível que tentaram colar nela.
Já quanto à propaganda de Marina Silva.. Bem, aquilo era mesmo o quê?
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