terça-feira, 3 de agosto de 2010

Na boca do povo


A Folha noticia que o PT, por ser o partido mais popular do país, preferido por 25% dos eleitores brasileiros, segundo pesquisa do Datafolha, pode dobrar a sua bancada no Congresso.
Da mesma forma que ocorre com o levantamento para a eleição presidencial, os dados do Datafolha em relação à preferência partidária dos eleitores não batem com os de outros institutos.
O Ibope, por exemplo, na mesma pesquisa em que deu Dilma à frente de Serra por cinco pontos percentuais - enquanto o Datafolha apontava a liderança do tucano por um ponto de diferença - mostra que o PT é o partido preferido por 29% dos brasileiros, bem distante do segundo colocado, o PSDB, que tem 7% das preferências, e do terceiro, o PMDB, com 6%. O PV é o mais querido por 2% dos eleitores, enquanto PDT, PSB, PTB e DEM ficam com apenas 1% das preferências.
Segundo o Ibope, o maior número de apoiadores do PT está na região Nordeste (33%). Nas regiões Sudeste, Norte e Centro Oeste o partido é o preferido de 29% dos eleitores, enquanto o Sul é onde a agremiação tem o menor número de aficionados (18%).
Os tucanos são em maior número no Sudeste (10%) e no Centro-Oeste/Norte (7%), e têm a mesma preferência do eleitorado do Sul e do Nordeste (5%).
O levantamento mostra ainda que 45% dos brasileiros não têm preferência por nenhum partido, enquanto 3% não souberam ou não quiseram responder a pesquisa.
Embora o PT seja o partido que detém o poder desde 2002, é, certamente, a agremiação política que mais sofre críticas da imprensa, em época de eleição ou não. Já foi acusado de quase tudo: corrupção, incompetência, peculato, ignorância, despotismo, nepotismo, assassinato, invasões de terras, narcotráfico, terrorismo, guerrilha, unha encravada e frieira.
Mesmo assim, por estranho que seja, um terço dos eleitores do país acham que ele é o que melhor representa seu ideal político, a sua ideologia, os seus anseios de vida.
Por estranho que seja, aqueles que são vendidos pela mídia como intransigentes defensores do homem comum se identificam apenas com uma parcela mínima da população, essa elite econômica que tenta, de todas as formas, não perder seus privilégios centenários.

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