quarta-feira, 14 de julho de 2010

Tiros a esmo

E ainda tem gente que defende esse tipo de jornalismo que vemos hoje no Brasil.
A conotação de escândalo que os jornais deram ao fato de o presidente Lula ter citado a ex-ministra e presidenciável Dilma Rousseff na cerimônia de lançamento do edital do trem-bala faz a gente pensar que eles sequer sabem mais o que separa a notícia do ridículo.
Então o presidente não pode elogiar a ex-ministra que arquitetou o projeto do trem de alta velocidade?
Dizer que ela é a "mãe" da obra configura-se numa peça de propaganda tão eficaz que pode mudar os rumos da eleição?
Tenham dó!
Tratar o leitor dessa maneira é compará-lo a um imbecil sem nenhum discernimento.
Está certo que a eleição é uma guerra na qual as empresas jornalísticas estão engajadas e lutam incansavelmente com todas as armas que possuem.
Até por isso seria prudente que elas guardassem munição para alvos mais tangíveis e importantes. Atirar a esmo é um exercício perigoso: a bala pode ricochetear e atingir o próprio atirador.

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