Conheci muitos reacionários, dentro e fora de minha profissão. Houve casos de patrões que não faziam a menor questão de esconder essa condição. Falavam e agiam de modo acintosamente provocativo com os empregados, ostentavam riqueza, humilhavam, sempre que possível, os subordinados.
Tipos como esses, perfeitamente visíveis, facilmente identificáveis, representam pouco problema para a evolução da sociedade. Fazem até bem - servem como exemplo.
Perigosos mesmo são os outros que pretendem, aos olhos dos colegas, dos companheiros de trabalho, ser uma coisa, e são exatamente o oposto, cultivam o mesmo conservadorismo do patrão, têm como objetivo simplesmente ser igual a eles.
Muitas vezes, com o tempo, essas pessoas perdem a timidez, o medo que tinham de se identificar com os ideais e valores dos patrões e assumem o que sempre foram. Chutam de lado os pudores antigos e batem no peito para proclamar, alto e bom som, a "nova" condição.
Na política isso ocorre com uma frequência extraordinária. O caso do Serra que hoje se expressa com o mesmo linguajar dos oficiais de pijama que passam os dias "conspirando" no Clube Militar é mera repetição de um velho hábito de colegas mais obscuros.
Esses sujeitos, na verdade, nunca mudaram de opinião, de hábitos, de ideologia ou de lado. Sempre estiveram cerrando fileiras com os reacionários, com a oligarquia e os exploradores. Apenas fingiam ser progressistas. Não passam de meros estelionatários.
Por falar no assunto, não sei o que pensava o Sandro Vaia antigamente, mas hoje está à direita de Gêngis Khan.
ResponderExcluirÉ um Índio da Costa pós-Mobral, um Reinaldo Azevedo que estudou.
Motta, perfeito. Você descreveu meu ambiente de trabalho.
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