segunda-feira, 5 de abril de 2010

Velocidade da luz

O programa Banda Larga nas Escolas completa dois anos bem perto da meta de equipar todas as 64.879 escolas públicas urbanas do país com computadores de acesso rápido à internet. A expectativa é que isso ocorra até o fim deste ano, beneficiando 37 milhões de estudantes, de acordo com os responsáveis pela sua implantação, o Ministério da Educação e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
A previsão é baseada no balanço do programa feito pela Anatel no fim do ano passado: 25.331 instituições de ensino público em municípios de quase todo o país foram conectadas à rede mundial de computadores em 2009 e em 2008, ano de lançamento do programa, esse número foi de 17.681 escolas. Ou seja, ao entrar no segundo ano, o programa já alcançava 66% - 45.192 - do total de estabelecimentos de ensino a serem equipados.
Os números da Anatel, na época do balanço, mostravam que os Estados com mais escolas conectadas à internet por meio do Banda Larga nas Escolas eram os de maior densidade demográfica: Minas Gerais (4.962), São Paulo (4.842), Rio de Janeiro (4.080) e Bahia (4.026). Já Roraima (68), Amapá (131) e Acre (187) foram os que tiveram menor número de escolas informatizadas, embora devam estar completamente atendidos até o fim de 2010, quando o programa termina.
O programa se tornou possível graças a um acordo firmado pelo governo com operadoras de telefonia fixa, por meio da Anatel, para a implantação da banda larga nas escolas indicadas pelo Ministério da Educação, sem nenhum custo para os cofres públicos, como contrapartida pelos serviços que elas exploram comercialmente no país.
O interessante é que nem todas as evidências de que a internet caminha rapidamente para se tornar a mais poderosa fonte de comunicação entre os homens sensibiliza os empresários da mídia tradicional. Eles ainda não se deram conta que a nova geração que vive estudando, pesquisando, se distraindo, se informando, conversando, com a ajuda dos computadores, não tem praticamente nada a ver com os modelos estabelecidos - jornais, revistas, rádio e televisão.
A constante queda na circulação dos grandes veículos impressos e a diminuição da audiência de programas consagrados têm uma mesma explicação: os jovens não se identificam mais com meios de comunicação concebidos há séculos, caros e incapazes de interagir com o público.
A nova geração que se forma com os olhos na tela do monitor exige muito mais que eles podem dar. (Com informações da Agência Brasil)

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