O governador José Serra apresenta à imprensa, com toda a pompa e circunstância possível, a maquete de uma superponte que ligará Santos a Guarujá, obra de inteiro agrado da classe média paulistana, que vê no balneário a panaceia para todos os seus males: falta de dinheiro, de lazer, de valores, de ética, de moral...
E isso é só o começo. Depois virão as inaugurações das superpistas da Marginal Tietê - remédio para os megacongestionamentos paulistanos -, das superpistas do Rodoanel Sul, e da linha amarela do supermetrô, entre outras obras mais modestas.
É que o governador José Serra não está em campanha eleitoral, cansam de repetir os jornalões. Faz o que faz porque é a grande esperança branca do Brasil mulato.
Enquanto isso, professores vão à greve por melhores salários e condições mais dignas de trabalho; policiais se preparam para ir à greve por melhores salários e condições mais dignas de trabalho. Afinal, o governador José Serra se recusa até mesmo a ouvir o que pedem.
E jornalistas advertem: esses profissionais têm até razão em alguns pontos, mas é bom lembrar que essas manifestações ocorrem porque este é um ano eleitoral.
Ainda bem que temos uma imprensa livre. Sem ela estaríamos perdidos.
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