segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

A barbárie

Uma aula prática do que é o Estado mínimo pregado pelos tucanos-pefelistas como a solução para todos os males do mundo consiste em sair por São Paulo nestes dias de Carnaval, quando o trânsito permite que se faça isso, e dar uma boa olhada na cidade.
Até o observador mais desatento vai se deparar com toneladas de lixo nas ruas e calçadas, vias esburacadas, mato por todo o lado, a sujeira como marca registrada de uma administração incompetente e insensível aos problemas mais triviais dos cidadãos, um desastre sob todos os aspectos.
O pior de tudo é que a dobradinha tucano-pefelista que tem destruído há quase duas décadas São Paulo pretende espalhar esse seu modus operandi por todo o país.
Para isso conta com os auspícios lógicos de uma oligarquia que não se conforma com as transformações que o país tem vivido nos últimos anos e o beneplácito de uma imprensa que há muito se esqueceu de trabalhar e hoje se dedica apenas ao prazeroso ofício de líder de torcida.
Nos meus mais de 20 anos de morador de São Paulo confesso, com todo o desalento possível, que o que vi na cidade neste Carnaval foi além de todo o meu habitual pessimismo.
Não imaginava que o município mais rico do Brasil, capital do Estado que se vangloria de ser a "locomotiva" da federação, pudesse chegar a tal ponto.
E antes que digam que a catástrofe que se abateu sobre a metrópole é culpa da natureza implacável, da falta de educação de seus habitantes, da queda da arrecadação provocada pela crise econômica mundial, de anos e anos de administrações equivocadas etc e tal, eu encerro a discussão: todo o lixo, toda a imundície, todo o descaso, toda a paisagem que nos remete aos tempos da barbárie tem nome, sobrenome, endereço e identidade.
Só não conhece quem não quer.

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