domingo, 20 de setembro de 2009

A força dos números


A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República mantém um site rico em informações sociais e econômicas sobre o Brasil. O Caderno Destaques é um manancial de dados interessantes. Quem tiver um tempinho livre deve dar uma lida na publicação. É excelente para levantar o astral, pois combate, com números suficientes, o pessimismo cotidiano exarado pela imprensa nativa.
Transcrevo abaixo uma sugestiva comparação entre os governos FHC e Lula. A primeira coluna é referente a 2002, último ano da administração tucana, e a segunda, a 2008. A terceira mostra a variação porcentual.

PIB (R$ bilhões de 2008)
2.269/2.890/+27%
Exportações (USS milhões)
60.362/197.942/+228%
Saldo comercial (US$ milhões)
13.121/24.746/+89%
Superávit primário (% do PIB)
3,91/4,07/ +4%
Reservas internacionais (US$ milhões)
37.652/206.806/+449%
Investimento estrangeiro direto (US$ milhões)
16.590/45.058 /+172%
Investimento brasileiro no exterior (US$ milhões)
2.482/20.457/+724%
Risco-Brasil (pontos-base)
1.439/428/ -70%
Juros Selic* (% a.a.)
25,00 13,75/-45%
Crédito total (% do PIB)
22,0/41,3/+88%
Dólar comercial (R$)
2,92/1,83/ -37%
Inflação IPCA** (% a.a.)
12,53/5,90/ -53%
Cesta básica (R$)
198***/218/+10%
Emprego (milhões de postos formais)
28,7/39,4/+37%
Taxa média anual de desocupação - regiões
metropolitanas (%)

11,7/7,9/-32%
Salário mínimo real**** (R$)
292/427/+46%
Produção industrial (Índice de Base Fixa: 2002 = 100)
93,75/99,40/+6%
S
afra de grãos (milhões ton)
97,7 /45,8/+49%
Vendas do comércio (Índice de Base Fixa: 2003 = 100)
134,73/195,20/+45%


* Sistema Especial de Liquidação e Custódia – Taxa do Banco Central.
** Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IBGE.
*** Valor médio da cesta básica do Dieese em dez/02 corrigido pelo IPCA a preços de dez/08.
**** Deflacionou-se o SM nominal pelo INPC do IBGE. Base: jul/09. Fonte: Ipeadata.

Já os tópicos abaixo ilustram o que se passou na economia brasileira no período da crise financeira global. Como se sabe, no Brasil ela foi, como havia previsto Lula, uma marolinha:

PIB
+ 1,9%
(PIB do 2º tri/09 foi R$ 756,2 bilhões. Aumento de 1,9% frente ao 1ºtri/09. Na comparação com 2ºtri/08, decréscimo de 1,2%. Fecha o 1º sem/09 com variação negativa de 1,5% frente ao 1º sem/08)
Consumo das famílias
+ 2,1%
(Aumento de 2,1% frente ao1º tri/09 e de 3,2% frente ao 2º tri/08, 23º trimestre de crescimento consecutivo nessa base de comparação)
Reservas internacionais
+ 3,4%
(Aumentaram de US$ 211,9 bilhões, em jul/09, para US$ 219,1 bilhões, em ago/09)
Saldo comercial
+ 18%
(Resultado acumulado até ago/09 é de US$ 20 bilhões. Aumento de 18% frente a igual período de 2008)
Inflação/IPCA
- 29%
(Acumulado nos últimos 12 meses encerrados em ago/09 é de 4,36%, abaixo da meta anual de 4,5%. Queda de 30% na comparação com mesmo período do ano anterior, 6,17%)
Produção industrial
+ 2,2%
(Após forte queda no último tri/08, indústria se recupera em 2009. Em jul/09, aumento de 2,2% na comparação com mês anterior, 7º mês consecutivo de crescimento)
Superávit primário
+ 60%
(Acumulado nos últimos 12 meses encerrados em jul/09 é de 1,76% do PIB. Queda de 60% na comparação com mesmo período do ano anterior, de 4,38% do PIB)
Crédito
+ 21%
(O volume de crédito do sistema financeiro atingiu valor recorde de R$ 1.311,4 bilhões em jul/09 ou 45% do PIB. Aumento de 21% na comparação com jul/08, R$ 1.086 bilhões)

Os números que aí estão mostram que o país está firme, com ótimas chances de, no término do governo Lula, ter dado um salto extraordinário de qualidade. Só não vê isso quem não quer - ou, por dever de ofício, torce contra o governo.

Um comentário:

  1. Tomei a liberdade de copiar este excelente artigo no meu blog. Parabéns, pelo maravilhoso trabalho. Abraços!

    ResponderExcluir