Os números do Instituto Verificador de Circulação, o IVC, são implacáveis: em abril, a tiragem dos jornais brasileiros caiu 6,7% em relação ao mesmo mês de 2008. Alguns dos principais diários, como Folha e Estadão, apresentaram retração de dois dígitos.
Para os donos dos jornais a queda é sintoma da crise econômica global.
Pode até ser que isso seja verdade. Mas não se trata só disso. O fenômeno tem também causas mais profundas: a mídia escrita, como um todo, passa por um dos piores momentos de sua história - com o fortalecimento da internet, vaga sem rumo, sem capacidade de reação.
O caso é sério. Embora até saibam, na teoria, o que devem fazer - levar ao leitor um material diferenciado, descolado do "hard news" oferecido pela mídia eletrônica - os diários brasileiros preferem rechear suas páginas com a informação mais rala possível - quando não, com conteúdo político partidário que pode ser tudo, menos jornalismo.
O que fazem é tão somente um suicídio.
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