Um simples exercício de imaginação é capaz de mostrar o absurdo que essa turma que criou o tal Impostômetro pretende para o país.
Vamos supor que os impostos sejam reduzidos ao mínimo possível, como querem pefelistas, tucanos e assemelhados, patrocinadores dessa campanha.
As consequencias imediatas dessa insensatez seriam o atendimento ainda mais precário do que o atual nos setores de saúde, educação, segurança pública e previdência social, principalmente.
Sem a presença do Estado para bancar os custos mínimos de manutenção dos serviços nessas áreas, restaria a opção de entregá-los à exploração do setor privado. O Estado ficaria encarregado apenas de fiscalizar o gerenciamento do sistema.
Alguém tem saudades da São Paulo do tempo do finado PAS?
É isso o que esse pessoal deseja para o Brasil inteiro?
O que essa turma não entende, porque não é conveniente entender, é que certas coisas não podem ser feitas com a ótica exclusiva do lucro.
Investir em saúde não é gasto. Como não é gasto investir em educação, segurança pública, moradias, transporte, infra-estrutura.
Esse dinheiro se reverte em benefício geral. A construção de uma escola serve para pobres e ricos - se o rico quiser outra para o seu filho tem os meios para optar pela particular.
O Estado é obrigado a garantir saúde e educação para todos. É sua obrigação também melhorar constantemente a qualidade desses serviços.
E isso só pode ser feito com o aperfeiçoamento da gestão, por meio de profissionais mais qualificados, mais bem pagos, com o dinheiro dos impostos - que, infelizmente, no Brasil atingem com mais força quem está na parte de baixo da pirâmide social.
O problema todo é esse - neste país, os ricos pagam menos impostos que os pobres. E mesmo assim, querem ficar isentos deles.
Essa cruzada permanente que fazem por uma reforma tributária não é algo para ser levado a sério. Eles querem, simplesmente, pagar menos impostos.
Como no caso da CPMF, que conseguiram derrubar.
Alguém sabe o que eles fizeram com o dinheiro que sobrou da taxa que deixaram de pagar? Deram aumentos para os empregados, investiram na produção, baixaram os preços?
Ou apenas engordaram os lucros?
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