Naquele tempo, gostavam de ser conhecidos como "liberais", num evidente abastardamento do significado da ideologia.
Sempre se colocaram contra tudo o que tivesse a mais longínqua conotação popular.
Ligados umbilicalmente ao grande capital, floresceram na associação com seus irmãos "sociais-democratas", agrupamento com o qual dividiam o poder - e as suas benesses.
Quando viram que estavam para se extinguir - por falta de votos, essencialmente -, esses liberais de fachada resolveram mudar - de nome, apenas.
Passaram a se intitular Democratas, novamente corrompendo o termo, numa atitude evidentemente oportunista.
Hoje, protagonistas em um caso escandaloso, como esse da Operação Castelo de Areia, que flagrou fortes evidências da existência de um esquema de lavagem de dinheiro e financiamento ilegal de políticos na construtora Camargo Corrêa, eles mostram ser coerentes com todo o seu passado de adesismo escancarado aos mais fortes e desprezo explícito aos mais fracos.
Afinal, sempre tiveram o cinismo como companheiro inseparável.
Mas essa intenção de processar o presidente Lula pela responsabilidade da Operação Castelo de Areia, que julgam "política" revela que mesmo os mais cínicos dos cínicos correm o risco de serem mal interpretados.
Como nesse caso específico, em que eles estão sendo tão somente ridículos.
Motta,
ResponderExcluirparabéns pelo texto, mas eu não poderia deixar de lembrar que a alcunha de "demos" acabou por justificar a tentativa de se auto-denominarem de Democratas. É o certo por vias tortuosas. Somente Freud explica, não é mesmo?
Um abraço,
Márcio