terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Maluco beleza

Outro dia li uma argumentação sui generis para o sucesso do governo Lula, de um jornalista de posições bastante conservadoras. 
Segundo ele, o ex-metalúrgico só conseguiu ter exito graças à inação: em seu raciocínio, por não fazer nada, a não ser viajar e falar besteiras que o público adora ouvir - ao contrário dos antecessores Collor, Itamar e FHC, esses sim, virtuosos trabalhadores -, Lula não atrapalhou o desenvolvimento do país.
O dito cujo ainda explica que em tal missão o presidente teve o auxílio inestimável de Henrique Meirelles, o manda-chuva do Banco Central, extremoso zelador da política econômica que conduziu a nação brasileira à bonança.
Passado o choque inicial provocado pelo febeapá vomitado pelo autor da tese, gastei uns minutinhos para pensar em quão arraigada está no ideário de certas pessoas o preconceito. E, por extensão, a ignorância, num círculo infernal de ódio de classe.
A fábula desenvolvida para sustentar uma tese absurda é quase inacreditável: Lula, que veio lá de onde Judas bateu as botas e chegou ao cargo mais ambicionado do país, tem sucesso apenas porque, como o Jeca Tatu lobatiano, passa seus dias inerte, a coçar o pé e a ruminar monosssílabos incongruentes. Ah, não se esqueçam, ele tem um companheiro esperto, sujeito letrado, rico, bem nascido, que lhe dá, sem nada pedir, todo o suporte para que não fracasse. Haja altruísmo.
Definitivamente, a estupidez humana não tem limites.

Nenhum comentário:

Postar um comentário