quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Cabo de guerra

Os carros que faltam hoje nas concessionárias provam o que muitos - inclusive este cronista - têm afirmado: as demissões que ocorrem em vários setores são, em grande parte, absolutamente desnecessárias. Assim como os tais acordos para redução de salários e jornada de trabalho.
Só não vê quem não quer: os nossos queridos empresários estão forçando a barra para conseguir mais vantagens do governo, algo que fizeram a vida toda - e não ia ser desta vez, com toda a ajuda da mídia, que deixariam de chorar perdas passadas, presentes e futuras, verdadeiras ou imaginárias.
O que ocorreu principalmente em dezembro foi a suspensão preventiva da produção, já que os estoques estavam altos, resultado de meses de economia aquecida. Sem saber avaliar o que se passava, pois houve realmente uma parada no fornecimento de crédito, interromperam o trabalho e surfaram na onda do "quanto pior, melhor" propagada por todos os que querem ver o ex-metalúrgico fora de Brasília.
O resultado da última pesquisa CNT/Sensus, que fortalece ainda mais a popularidade do presidente Lula, apesar de todo o esforço feito para derrubá-la, pode tanto ajudar a esfriar os ânimos dessa turma que vive para jogar gasolina na fogueira, quanto para deixar esse pessoal ainda mais raivoso.
Até agora, o governo vem se desviando com alguma habilidade das cascas de banana que encontra no caminho. Resta saber qual o tamanho do arsenal de truques que tem permitido sobreviver em terreno minado.

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