A explosão de violência na Faixa de Gaza, com a morte de mais de 200 pessoas, vítimas de um devastador ataque aéreo de 60 aeronaves F-16 que lançaram uma centena de mísseis em um local habitado pela miséria, mostra que nenhuma crise econômica é capaz de se sobrepor aos grandes problemas do mundo - e a questão palestina é um deles.
A pergunta que deve ser feita às lideranças globais é até quando esse horror será tolerado.
Não é possível que a raça humana seja isso que se vê nos noticiários.
Não é possível que essa doutrina assassina do "ataque preventivo" seja encarada como uma forma civilizada de ação.
Não é possível que todos sejam cúmplices do martírio de um povo infeliz, seja pela omissão ou pela tibieza dos gestos.
O que fazem, neste momento, os líderes dos poderosos países que se uniram para salvar o planeta da debacle econômica, para dar um basta à essa insanidade?
Eles não vêem que hoje, o maior inimigo do homem é cada vez mais o próprio homem - com a sua estupidez, a sua ignorância, a sua arrogância, o seu ódio pelo semelhante?
Que importa todo o monumental progresso material adquirido com tantos sacrifícios através dos séculos, se o ser humano não consegue se livrar da necessidade de impor sofrimento, dor e morte a todas as criaturas?
Não restará nesta Terra um mínimo de compaixão pelos mais fracos, de tolerância pelos diferentes, de justiça pelos acusados?
É este o mundo que queremos?
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