terça-feira, 2 de setembro de 2008

Aposta arriscada

É impossível para qualquer pessoa saber que fim reserva a crise criada pela revista Veja com o caso inédito de um grampo que beneficia suas vítimas.

De qualquer modo, algumas considerações já podem ser feitas:

1) O governo Lula ainda não compreendeu que, para a chamada grande imprensa, ele é, simplesmente, um inimigo a ser vencido.

2) A oposição não tem bandeiras, não tem programa, não tem ideário: sua obsessão é criar problemas ao governo e, para tanto, deixa-se levar pelos fatos. Na maioria das vezes não entende que esses fatos podem arruinar uma democracia ainda frágil.

3) A tal da elite existe mesmo e é mais poderosa do que se imagina. O caso Daniel Dantas é exemplar quanto a isso.

4) Se, por um lado, a economia sustenta a popularidade de Lula, politicamente seu governo é um desastre absoluto, "sustentado" por parlamentares totalmente fisiológicos e sem compromissos de longo prazo com um projeto nacional.

5) Não existe um projeto nacional.

6) É impossível agradar a todos todo o tempo.

7) A tibieza dos parlamentares do PT, que, teoricamente, deveriam ser os primeiros a sair em defesa do governo em tempos de crise, já que Lula é o ícone máximo do partido, ultrapassa qualquer medida.

A conclusão desta nova crise não tem data. Deveria, para o bem geral, ser breve. Muitos de seus atores têm a certeza de que sairão mais fortalecidos dela. Não deveriam pensar assim.

Quando o circo pega fogo, todos podem se queimar.

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