A TV Bandeirantes fez mal em não ter permitido a participação de Levy Fidelix, do PRTB, no debate dos candidatos à Prefeitura de São Paulo.
Programas desse tipo cada vez mais são aborrecidos e previsíveis. Fidelix, com seu bigode e suas idéias inviáveis, certamente animaria o show.
Autor, em eleições passadas, da proposta de construir um "aerotrem" na capital, o candidato não parou no tempo. Pode, talvez refletindo sobre a insensatez da classe política, aperfeiçoar suas extravagâncias. Seu programa de governo merece ser lido. Se não para ser levado a sério, pelo menos para diminuir o estresse provocado pela virulência do embate político do Brasil atual. Na seqüência vão exemplos da mente criativa do expoente do PRTB:
"Táxis turísticos (azuis) dirigidos por motoristas com inglês e espanhol básicos, tarifas especiais com 30% de acréscimo, uniformizados, recebendo subsídio municipal de 2 salários mínimos mensais."
"Táxis comuns (verdes) terão incentivo mensal de 1 salário mínimo e deverão também usar uniforme e poderão ter ponto de parada livre na capital, especialmente nas estações de monotrens, metrôs, trens e terminais rodoviários."
"Implantação de novas placas (bilíngues) de sinalização, em português e inglês, próximas aos aeroportos, rodoviárias, estações de trens, monotrens, shoppings, grandes avenidas e pontos turísticos."
"Implantação de brigadas de helicópteros instaladas em pontos estratégicos da capital, para apoio logístico dos acidentados no trânsito."
"Remodelação funcional da CET, com a criação das brigadas especiais de guardas municipais, sendo:
orientativas, com guardas uniformizados na cor azul (azulzinho) para orientar os motoristas no trânsito, sinaleiros e faróis, nas principais vias e avenidas do centro e bairros periféricos e as repressivas (amarelinho), com guardas uniformizados e voltados para a atividade repressora, ou seja, multar os infratores."
Fidelix pretende ainda construir uma sede administrativa para a Prefeitura na região da Cracolândia, reuniformizar todo o quadro de funcionários municipais e obrigar todos os servidores a usar uniforme, ampliar o limite de autonomia de gastos das subprefeituras e regiões administrativas, repactuar toda a dívida mobiliária da prefeitura, substituindo o seu perfil para longo prazo, lançando títulos públicos no exterior.
E, a exemplo de Paulo Maluf, quer canalizar os rios Tietê e Pinheiros, para, aproveitando a enorme laje acima da água, construir mais pistas de tráfego de veículos nas marginais. Como jóia da coroa, o aerotrem circularia suspenso sobre os rios, os carros, a metrópole.
Alguém ainda acha que a política é para ser levada a sério?
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