Há pessoas que falam demais, outras, de menos. Há os boquirrotos e os caladões. Há quem sempre abre a boca no momento errado. Ou aqueles que parecem não estar nem aí com nada e, de repente, ditam a sentença definitiva.
Nada de errado com nenhum desses tipos. São eles que fazem da diversidade um dos temperos da vida.
Mas o que se pode dizer de um sujeito que, acusado de todos os crimes, é chamado pelas autoridades para se explicar e simplesmente não abre a boca?
Pois não foi isso o que ocorreu com o indigitado banqueiro Daniel Dantas, que, nos três depoimentos em que se fez presente, nada declarou?
Foram, segundo os jornais noticiaram, no total, 12 horas, ou 720 minutos, ou 43.200 segundos de um profundo, definitivo e angustiante silêncio.
Tática genial dos bem pagos advogados ou um profundo tédio e desprezo do investigado - agora réu?
Tanto faz. Às vezes o silêncio é mais eloquente do que todas as palavras do mundo.
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