Em meio à polêmica criada por alguns setores protecionistas europeus e pelo lobby do petróleo sobre a influência do etanol na alta global de alimentos, o Brasil recebeu a nota de investimento seguro de uma das três agências mundiais de classificação de risco. Falta ainda a certificação das outras duas, mas todos sabem que isso é apenas uma questão de tempo.
O chamado mercado reagiu de imediato à notícia e seus analistas iniciaram prontamente as contas de quanto dinheiro o país deve receber nos próximos anos. É uma montanha, ainda incalculável.
Mas o que os dois fatos têm a ver com o cidadão comum, o brasileiro que vive seu dia a dia driblando as faturas em atraso?
Pode ser que num primeiro momento a sua vida não seja mesmo muito afetada. Mas em um prazo não muito longo, o Brasil vai se constituir numa potência energética, pois o ingresso do biocombustível na matriz combustível é irreversível, assim como o crescimento da produção petrolífera - o suficiente para que grande parte seja exportada. E esse cenário não exclui - pelo contrário - a vocação natural do país de produzir alimentos em gande escala. Há terra, tecnologia e mão-de-obra de sobra para isso.
Já a fortuna que deverá entrar via fundos de investimentos, de uma maneira simplista, irrigará a economia como um todo. Os resultados são positivamente óbvios.
Durante muito tempo se ouviu dizer que o Brasil é o país do futuro. Talvez esse futuro esteja finalmente chegando, apesar da preces em contrário de uma minoria desesperada em manter privilégios conquistados à custa do sofrimento da grande maioria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário