O chamado "Bloquinho", formado pelo PSB, PCdoB e PDT, resolveu lançar o deputado federal comunista Aldo Rebelo candidato à prefeitura de São Paulo.
O PT vinha mantendo intensas conversas com o Bloquinho, na tentativa de fechar uma coligação, para dar mais tempo de propaganda para Marta Suplicy. Informalmente, a deputada e ex-prefeita Luiza Erundina e o próprio Aldo Rebelo foram convidados para vice da chapa. Erundina, que está isolada no PSB, aceitou na hora. Rebelo, como se viu, tinha outros planos.
Nas pesquisas de opinião pública, Rebelo aparece com um 1% das intenções de voto. Marta lidera, com 30%, seguida por Geraldo Alckmin, com 29% e pelo prefeito Gilberto Kassab, com 15%. Tudo segundo o Datafolha.
O Bloquinho sabe que não tem chance nenhuma na eleição municipal de São Paulo. Mas acha importante a candidatura própria, já pensando em alavancar Ciro Gomes à Presidência em 2010.
A escolha de Rebelo foi por eliminação. Paulinho, o presidente da Força Sindical, deputado federal pelo PDT, gostaria muito de ter sido o indicado, mas preferiu cuidar de se defender das acusações de integrar um esquema de fraudes montado no BNDES. Erundina continua no PSB por inércia, já que está afastada de todas as decisões do partido. Sobrou Rebelo, que é um político afável e de bom trânsito em todos os partidos, graças à sua atuação no Ministério da Coordenação Política e na presidência da Câmara dos Deputados.
Bom de papo, certamente terá de usar toda a sua lábia para explicar a opção que fez de ajudar a dividir o eleitorado que não quer ver a continuidade da aliança demo-tucana no poder da maior cidade do Brasil.
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