Pesquisa do Instituto Ipsos mostra que a classe C agora é maioria no Brasil. Seus representantes saltaram de 36% da população, em 2006, para 46% em 2007, chegando a 86 milhões de pessoas. Já as classes D/E, que até 2006 tinham uma proporção maior que a C, apresentaram uma queda de 46% para 39%, caindo para 73 milhões de pessoas, em 2007. As classes A/B tiveram uma redução de 18% para 15% entre 2006 e 2007.
Com a melhora da renda da população, as classes sociais mais baixas deixaram de ser maioria no país. Enquanto 39% das pessoas estavam nas faixas de renda D/E no ano passado, o que corresponde a 73 milhões, outras 46% estavam na C, ou 86 milhões.
Os dados ainda demonstram que a desigualdade tem diminuído no país. Em 2005, a renda média mensal das classes A/B era de R$ 2.484 e, depois de dois anos, o valor caiu para R$ 2.217 (-11%). Nas classes D/E houve alta de R$ 545 para R$ 580 no mesmo período (+6%). A renda média mensal da classe C permaneceu no mesmo nível: em torno de R$ 1.100. As pessoas que migraram das faixas de renda D/E para a C tiveram aumento nos rendimentos médios mensais de R$ 580 para R$ 1.100. Sobre a renda disponível, nas classes mais baixas, enquanto ela era negativa em 2005 (-R$ 17,00), passou para R$ 22 em 2007. Na classe C, ela passou de R$ 122 para R$ 147 no período analisado. Na classe AB, o movimento foi contrário: caiu de R$ 632 para R$ 506.
Devido a números como esses é que tem aumentado o espernear dos oposicionistas. O fortalecimento da classe média, como conseqüência da redução da desigualdade social, é a prova mais evidente que o país caminha para se tornar uma verdadeira democracia. Se isso realmente ocorrer, fica mais difícil para os coronéis e caciques políticos continuarem a manobrar o poder. Para eles só interessa o atraso.
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