sábado, 2 de fevereiro de 2008

E dá-lhe Ariano!

A Escola de Samba Mancha Verde, de São Paulo, faz homenagem, em seu enredo deste ano, ao grande Ariano Suassuna.
Mistura indigesta. A Mancha Verde é braço da torcida de futebol homônina, que tantas confusões tem arranjado ao longo de sua existência.
Mestre Ariano é patrimônio cultural do Brasil. Dispensa apresentações e mais comentários.
Deve ter ficado no mínimo intrigado quando ouviu a letra do samba-enredo que o louva: (...) Avanti.../Mancha verde na avenida/no esplendor do Auto da Compadecida/iluminando a vida/em obras de um menino/que nasce pra história/revolução batiza/o filho do sertão/no Cariri a emoção/entra em cena a sedução/alma de palhaço/no picadeiro da ilusão (...).
Torcedor do Sport de Recife, Ariano certamente não sabe que a Mancha Verde é autora de obra musical extensa. A sua especialidade são os cantos de arquibancada. Um deles, por exemplo diz que "sou Palmeiras/a Mancha é guerreira/o meu time é vencedor/e a torcida é um terror/por isso eu canto.... /e dá-lhe dá-lhe porco/e dá-lhe dá-lhe porco/e dá-lhe dá-lhe porco".
Sem dúvida um belo exemplo do que é capaz a cultura popular. Mestre Ariano, se tivesse mais tempo, certamente poderia usá-lo como tema para um estudo mais profundo.

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