domingo, 27 de janeiro de 2008

Rei morto

Modismo vale para tudo. Roupa, carro, música, comida. Para futebol também. O clube da moda, há uns dois, três anos, é o São Paulo. Embora, no ano passado, tenha perdido três dos quatro campeonatos que disputou, é tido como um supertime capaz de derrotar seus adversários só com o olhar de seu veterano goleiro. Também se apresenta como modelo de eficiência administrativa e conta, como exemplo mais recente de sucesso, a contratação do pesado e festivo atacante Adriano, praticamente chutado da Velha Bota.
Claro que, noves fora, nada. O clube está na mesma pindaíba dos outros grandes do futebol brasileiro, depende dos mesmos parceiros dos rivais - aqueles senhores que se dizem "empresários" -, caminha entre o vermelho e o azul à custa de negociações de jovens jogadores e sua estratégia de marketing é se manter na mídia de qualquer jeito. Geralmente escala para esse trabalho de auto-elogios um ex-médico que, na ânsia de ser reconhecido como eficiente cartola, comete as mesmas barbaridades de estilo e de lógica que fizeram a fama de tantos outros - mais engraçados e competentes.
Mas como a moda é passageira, a do São Paulo Fashion dá sinais de esgotamento.
No campo, o time mostra um futebol medíocre, burocrático, sonolento. Para seus torcedores tudo isso ocorre porque os jogadores estão se guardando para pelejas mais importantes. É só início de temporada, dizem, apagando da memória o começo bem melhor dos anos passados.
Fora de campo, as estratégias de promoção se repetem sem criatividade. Ou com excesso - a "compra" de torcedores de outros times é, no mínimo, constrangedora.
Para os fãs de futebol a grande dúvida é saber quem ficará no lugar badalado de favorito dos "cronistas esportivos".
A temporada está apenas começando. Há vários candidatos.

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