quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Comédia

O homem que é a cara do Senado brasileiro larga o palco para sair do foco de uma imprensa carnívora e dos desafetos que colecionou em anos de conchavos, barganhas e negociatas. É certo que não cairá sozinho. A lógica dos coronéis deste vasto sertão é crua e direta como sua linguagem e suas ações.
Na ribalta, toma seu lugar a ex-amante de lábios finos, que não admite que lhe perguntem, nos programas popularescos dos quais se tornou habitué, a origem dos recursos fartos que a sustentavam.
Embriagada pela fama efêmera proporcionada por fotos desnudas, que ilustram a revista especializada no erotismo oportunista, diz que apenas tenta arrumar sua vida - nem que para isso se exponha como uma vulgar messalina.
O senador e a sua ex-amante. Dois personagens de um folhetim barato e batido.
Pobres personagens que no fim da história irão morrer abraçados, eternamente unidos por seus vícios.

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