quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Jogo de cena

É muito provável que a CPMF seja prorrogada com a atual alíquota de 0,38%. O tributo nasceu provisório, virou permanente devido à necessidade de o governo aumentar a arrecadação. Surgiu para financiar as carências da saúde, mas se tornou tábua de salvação para várias outras áreas.
Os mesmos políticos que hoje abominam a CPMF foram os que aprovaram a sua criação: ela é obra do governo (sic) FHC. E muitos dos que lutam para mantê-la fizeram de tudo para que não nascesse.
A CPMF é um tributo simples de ser cobrado, quase sem custos para o governo. Incide em cascata sobre a cadeia produtiva, o que não é bom. Poderia ser modificada numa reforma tributária.
Mas no momento, nem os desesperados tucanos-pefelistas podem justificar sua extinção. Acabar com a CPMF é dar um tiro no próprio pé, suicídio que nenhum político, por mais tresloucado, faria.
A oposição, com seus gestos indignados, apenas encena um teatrinho chinfrim. Sabe que há uma platéia disposta a ouvir seus desatinos e uma mídia ansiosa em reproduzir seus guinchos.
Como não tem responsabilidades, brinca de gente grande.

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