Os clubes brasileiros andam mal das pernas faz tempo. Vivem da venda de seus talentos, da cota da televisão e de patrocínios pescados com extrema dificuldade. O dinheiro da arrecadação é quase nada no total. Os gastos com as folhas salariais de jogadores e comissão técnica são cada vez maiores. Sem contar o que vai na parte social.
Iniciativas criativas para driblar a crise permanente são muito raras. Uma delas foi anunciada pela Sociedade Esportiva Palmeiras - uma "cesta de atletas", na qual investidores compram porcentagens dos direitos federativos de jogadores escolhidos, visando um lucro numa negociação futura.
Para o clube, a "cesta" é muito interessante porque adianta receitas. Para o investidor, pode ser um excelente negócio - no próprio Palmeiras, há caso de jogadores que foram negociados com lucro de cerca de 5.000%.
É claro que o projeto tem críticos - alguns dentro do próprio clube. Os concorrentes - ou adversários - se calam, por enquanto. Aguardam os resultados.
Mas o fato é que sem esse tipo de iniciativa o futebol brasileiro corre o risco de ficar cada vez mais refém da televisão e de alguns poucos "empresários" que souberam muito bem se aproveitar da inércia dos cartolas para impor seu estilo polêmico de negócios.
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