O Brasil vive um paradoxo na área energética. Com vocação natural para a energia hidrelétrica, pode ter de apelar para outros tipos de geração, mais poluentes, como a térmica, para garantir o abastecimento nos próximos anos. Isso porque vários projetos estão atrasados graças a problemas de licenciamento ambiental. Os lobbies são inúmeros e vêm de todos os lados. Mas a questão maior é que não só o bom-senso deve prevalecer nessa questão - e ele indica que está em jogo o futuro da nação -, como ela deve ser julgada, antes de mais nada, de acordo com os interesses do país. De certo é que nunca todos os lados ficam satisfeitos - é claro que há ganhadores e perdedores.
O presidente Lula apelou a todos para que haja o destravamento rápido dos impedimentos ambientais. E nesse todos incluiu até o papa. A ênfase de seu discurso foi tal que ele chegou a dizer que até a energia nuclear será bem-vinda no caso de a solução mais óbvia não for possível.
Seu apelo faz mais que sentido. Afinal, quem não se lembra dos anos do apagão e suas terríveis conseqüências para o desenvolvimento do país?
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