O debate foi iniciado pelo líder cubano Fidel Castro. Mas a revista Foreign Affairs, por meio de um estudo de dois professores da Universidade de Minnesota, também alerta que o plano americano de aumentar a demanda por biocombustíveis, especialmente o etanol, pode criar centenas de milhões de pessoas cronicamente famintas em menos de 20 anos. Segundo a revista, os preços do milho, usado pelos americanos na fabricação do etanol, e os de outros cereais, também utilizados na alimentação humana e de animais, já estão mais altos.
O mesmo raciocínio é desenvolvido por Fidel no seu sombrio prognóstico de que o uso do etanol para mover os veículos dos Estados Unidos matará milhões de pobres de fome - será preciso cada vez mais milho para fazer álcool e o avanço de sua área plantada vai diminuir a produção de outros grãos e, conseqüentemente, elevar os preços.
Para os professores americanos, uma solução seria os Estados Unidos importarem mais etanol produzido a partir de cana-de-açúcar de países tropicais. Leia-se, do Brasil. Mas para que isso ocorra, será preciso que os americanos diminuam - ou derrubem - a sobretaxa que cobram na importação do produto.
Nada é simples. Será ainda um longo caminho até que o mundo aprenda a usar os biocombustíveis de modo que tragam mais benefícios que prejuízos.
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