Pouco tempo depois de ter assumido o cargo de diretor da Autolatina, Miguel Jorge, o novo ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, teve de enfrentar uma greve dos funcionários na Volkswagen. A Autolatina era formada pela Volks e pela Ford.
Foi uma greve daquelas. Num belo dia, os operários da fábrica de São Bernardo radicalizaram e o movimento caiu na baderna. Quando tudo parecia ter se acalmado, o telefone da editoria de economia do Estadão, que cobria o movimento, tocou. Do outro lado estava um dos assessores de imprensa da Autolatina, que havia sido levado para lá do próprio Estadão, por Miguel Jorge - ele, ex-diretor de redação do jornal. "Encontraram uma bomba feita pelos metalúrgicos na Volkswagen", informou o assessor. Foi um Deus nos acuda. Polícia, inquérito, investigações. Depois que tudo acabou, inclusive a greve, veio a revelação: a bomba não passava de uma garrafa cheia de xixi. Mas que ela funcionou como "efeito moral" isso ninguém pode negar.
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