quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Queda no preço de commodities encolheu em US$ 17 bi superávit comercial de 2015

Em 2015, ano em que a economia do Brasil, por culpa única e exclusiva do governo lulodilmistapetista, segundo análise dos especialistas no caos, derreteu, o país conseguiu obter um superávit de US$ 19,681 bilhões em sua balança comercial - exportações menos importações -, o melhor resultado desde 2011, revertendo o déficit de 2014, quando as compras superaram as vendas em US$ 4,054 bilhões.

A média diária das exportações no ano passado foi de US$ 764,5 milhões, 14,1% abaixo da média diária registrada no ano anterior (US$ 889,7 milhões). Já a média diária das importações foi de US$ 685,8 milhões, desempenho que foi 24,3% menor que o registrado em 2014 (US$ 905,7 milhões por dia útil).

Segundo o secretário de Comércio Exterior, Daniel Godinho, a queda dos preços das commodities influenciou diretamente o resultado da balança comercial de 2015. “As exportações cresceram 10% em quantidade em 2015, mas a redução de 22% nos preços internacionais mitigou o ganho obtido com a alta das quantidades exportadas. Se a quantidade em 2015 fosse vendida pelo preço médio de 2014, teríamos receitas extras de cerca de US$ 37 bilhões”, disse. De acordo com ele, minério de ferro, produtos do complexo soja e petróleo foram os itens que mais sofreram impacto da queda dos preços internacionais. 

E depois dizem que a crise econômica é só a do Brasil...


Godinho destacou, na entrevista coletiva que deu para analisar o comportamento da balança comercial, o crescimento das exportações de automóveis e a expectativa positiva em relação ao setor para este ano. “Tivemos um crescimento de 75,5% em unidades nas vendas para o México, de 5,8% para a Argentina e de 12,8% para o Uruguai. Com os acordos automotivos firmados com esses países e o câmbio como facilitador, acredito que teremos resultados positivos em 2016.”

Ele afirmou que o atual cenário terá um impacto bastante positivo para as exportações de produtos manufaturados. “Em 2015 tivemos uma redução significativa no déficit da balança de manufaturados, que passou de US$ 109,5 bilhões em 2014 para US$ 71,9 bilhões em 2015. Como resultado, os industrializados responderam por quase 52% da pauta de exportações brasileira.”

Para este ano, a expectativa do ministério é que o saldo da balança comercial seja de US$ 35 bilhões. O principal desafio, segundo Godinho, é o andamento do acordo entre Mercosul e União Europeia. “Nossa expectativa é trocar ofertas e concluir o acordo de livre comércio com a União Europeia. A proposta do Mercosul está pronta. Aguardamos uma definição dos europeus.”

As exportações das três categorias de produtos registraram retração de receita em 2015 no comparativo com 2014: básicos (-19,5%), manufaturados (-8,2%) e semimanufaturados (-7,9%).

Com relação à exportação de produtos básicos, houve diminuição de receita de minério de ferro (-44,8%), petróleo em bruto (-27,1%), carne bovina (-18,5%), carne suína (-18,2%), farelo de soja (-15,9%), fumo em folhas (-11,6%), soja em grão (-8,8%), carne de frango (-8,5%), café em grão (-6,9%) e algodão em bruto (-3,7%). 

Por outro lado cresceram as vendas de milho em grão (28,9%) e minério de cobre (11,2%).

No grupo dos manufaturados, a retração foi, principalmente, de óleos combustíveis (-61,8%), máquinas para terraplanagem (-30,1%), motores e geradores (-18,3%), bombas e compressores (-12,4%), açúcar refinado (-12,3%), motores para veículos e partes (-10,7%), autopeças (-9,9%), polímeros plásticos (-6,8%) e plataforma para extração de petróleo (-0,8%). 

Cresceram as exportações de tubos flexíveis de ferro/aço (39,7%), laminados planos (24,5%), aviões (19%), veículos de carga (10,1%), óxidos e hidróxidos de alumínio (8,9%), automóveis de passageiros (6,6%) e papel e cartão (3,7%).

No grupo dos semimanufaturados, as maiores quedas ocorreram nas vendas de ferro fundido (-24,2%), couros e peles (-22,2%), açúcar em bruto (-19,8%), ferro-ligas (-16,7%), alumínio em bruto (-13,5%) e semimanufaturados de ferro/aço (-4,7%). 

Aumentara catodos de cobre (91,2%), madeira serrada (8,4%), ouro em forma semimanufaturada (7,0%), óleo de soja em bruto (6,9%) e celulose (6,9%). 

Já nas importações, o acumulado entre janeiro e dezembro de 2015, quando comparado com mesmo período de 2014, registrou queda de receita em combustíveis e lubrificantes (-44,3%), bens de capital (-20,2%), matérias-primas e intermediários (-20,2%) e bens de consumo (-19,6%). 

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