sexta-feira, 8 de maio de 2015

O professor, esse sobrevivente

Professor é uma das profissões com menos prestígio no Brasil.

Dê aulas onde for, a maioria ganha mal e tem péssimas condições de trabalho.

Quem trabalha em escola pública, então, nem se fala.

É um sobrevivente.

O massacre promovido pela PM paranaense contra os professores mostra bem o que a nossa sociedade pensa deles - policiais, como todo mundo, têm filhos nas escolas e, pelo que se viu, acham que os professores não passam de bandidos que merecem ser espancados.


O professor, porém, pela sua importância social, deveria ser tratado, como se dizia antigamente, a pão de ló.

Principalmente nos dias de hoje, quando muitos país praticamente abandonam a educação de seus filhos, preocupados que estão em trabalhar, ganhar dinheiro, consumir, fazer parte do paraíso capitalista.

Dessa forma, o professor passa a ser se não a única, pelo menos uma das âncoras mais fortes para o desenvolvimento do jovem.

O problema é que os alunos têm diante de si, pelo menos aos seus olhos, uma pessoa derrotada pelo sistema, pois recebe uma mixaria de salário, mal e mal se sustenta como classe média - é um perdedor, na lógica de nossa sociedade de consumo.

A presidenta Dilma proclamou que este seu segundo mandato teria como marca a educação, graças aos recursos que espera conseguir da exploração da camada de pré-sal do petróleo.

Vamos torcer para que isso ocorra.

Mas vamos torcer também para que, ao lado de mais verbas para a educação, junto com a construção de mais escolas e universidades, o professor seja devidamente valorizado, ganhe um salário decente, dê aulas satisfeito e possa exercer o seu trabalho de maneira digna.

Porque para o Brasil realmente superar as suas imensas mazelas só tendo um povo educado - em todos os sentidos.

Estamos a milhares de anos-luz disso, a julgar pelas manifestações de ódio e preconceito que brotam a todo minuto nas redes sociais e pelas notícias do completo descaso com que grande parte dos governantes contempla a área.

Infelizmente para todos, os Betos Richas, os Geraldos Alckmins, que tratam os professores a pontapés, ainda são muito poderosos e não dão nenhum sinal de que mudarão seu modo de governar.

2 comentários:

  1. Que o Brasil acorde de uma vez, e não eleja mais essa gente perversa. Bater em professor é atestado de barbarie.

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  2. Olha, aquele professor(a) que a gente imagina não existe mais, vamos ser francos.

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