quinta-feira, 18 de setembro de 2014

São Paulo sem água, tragédia e crime

A inércia do paulista e de suas autoridades em relação ao colapso no fornecimento de água é algo inédito na história do país.
Qualquer pessoa com um mínimo de bom senso sabe o que vai acontecer em breve, muito breve: não faltará água apenas nas residências para tarefas essenciais como tomar banho, cozinhar, dar descarga nos vasos sanitários, lavar roupa, mas também - e isso é o mais importante - indústrias, estabelecimentos de serviço e o comércio ficarão impossibilitados de trabalhar.
Sem trabalho, ou mesmo trabalhando a meia força, haverá queda na produção e desemprego em massa.
Que se espalhará pelo Brasil todo.
As primeiras notícias sobre essa terrível estiagem saíram no fim do ano passado.
Em janeiro publiquei uma "crônica" sobre o assunto.
Os jornalões, timidamente, entraram no assunto.
O maior receio deles, porém, nunca foi a consequência econômica e social do colapso no abastecimento, o seu tremendo impacto no dia a dia das pessoas, mas a possibilidade de que medidas sérias e necessárias - como um racionamento - pudessem prejudicar o desempenho eleitoral do governador Alckmin.
Os jornalões, o governador e as autoridades que se calaram - e se calam - diante dessa tragédia anunciada, se estivessem vivendo em algum país do Primeiro Mundo, que tanto dizem admirar, estariam, no mínimo, sendo processados criminalmente pelo que fizeram - ou, no caso, deixaram de fazer.
Alckmin será provavelmente reeleito, já que os eleitores não foram devidamente informados sobre o que o futuro lhes reserva.
Em vez de fatos, a máquina tucana bombardeou os cidadãos do Estado com as mais pueris mentiras.
As chuvas de setembro aliviariam a situação - o volume de chuvas está sendo irrisório neste mês.
A captação de água do "volume morto" do Cantareira será suficiente para manter o abastecimento normal- Cantareira está com cerca de 8% da capacidade, volume morto incluído.
A maior mentira, porém, foi negar o racionamento - já que ele, na prática existe, mas só para bairros periféricos da capital, mais pobres.
Alckmin disse outro dia que bebe água da torneira.
Como não sabemos seus hábitos privados, vamos acreditar nele.
E deduzir que esse veneno que anda ingerindo é a causa de sua insanidade, de sua irresponsabilidade, de tanta incompetência.
Quanto aos seus eleitores...
É, eles terão muito tempo para se arrepender do voto.

2 comentários:

  1. Certamente irão se arrepender do voto. Provavelmente quando estiverem sentados no vaso sanitario, com diarreia e desenteria, e sem agua pra dar a descarga.

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  2. São uns otários que não tomam banho e não mudam de ideia.
    A eliti, essa sim! toma banho com champanhe francesa e se enche de perfume francês. Pobre só serve para aparecer em programa de noticiário policial.

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