quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Marina, a Rede e o jeitinho: que coisa feia!

Marina quer que a Justiça dê um jeitinho: ela está acima das leis?
(Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

O Ministério Público lamenta, mas não vê condições para o partido de Marina Silva, a tal Rede, ser legalizado.
A ex-senadora e ex-ministra do governo petista, no melhor estilo dos políticos que critica e dos quais quer se diferenciar, apela para todos os meios possíveis no sentido de ver o Tribunal Superior Eleitoral fazer vistas grossas às dezenas de milhares de assinaturas não reconhecidas pelos cartórios.
Marina, a musa dos descontentes com tudo o que está aí, quer, em resumo, que o TSE dê um jeitinho para que ela consiga ter a tão sonhada sigla para pavimentar seu caminho ao Palácio do Planalto.
E, implorando para o TSE descumprir a lei, ela, a musa dos indignados com tudo o que está aí, faz o mesmo que milhares de outros políticos profissionais pelo país afora.

Marina esteve no PT e no PV. 
Nenhum dos dois partidos serviu para ela. 
Por isso tenta montar a tal Rede, com pesado patrocínio de empresários graúdos.
É inegável que ela tem milhões de eleitores.
Mas não dá para disfarçar, apesar da propaganda oficial e oficiosa da tal Rede, que ele é apenas mais um partido da sopa de siglas que inunda o eleitorado, e que esse partido está sendo montado apenas para que a musa dos descontentes com tudo o que está aí concorra à presidência no ano que vem.
Se não fosse assim, Marina e os marineiros não estariam tão preocupados com a possibilidade de os ministros do TSE não concordarem com o jeitinho que propõem sem sutileza nenhuma.
Se a tal Rede fosse realmente diferente de tudo o que está aí, pensaria, antes de correr rumo ao Planalto, em montar uma base sólida de seguidores, para, seja lá em que ano for, competir para valer. 
Ou seja, se a tal Rede fosse realmente um antipartido, não agiria como um partido.
Pode ser duro para os marineiros, mas se eles querem de verdade se diferenciar de tudo o que está aí, deveriam, antes de mais nada, compreender que o país é governado por uma série de leis e que quem pede para burlá-las está dando um mau exemplo e se igualando a tudo o que está aí.
Que coisa feia, Marina!



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