Geraldo joga pesado por um novo mandato (Foto; Marcelo Camargo/ABr) |
O governador paulista, Geraldo Alckmin, informa a Folha, pretende "destravar" os investimentos do Estado para que deslanchem no ano que vem.
Isso, pelo menos, é o que diz o título da matéria do jornalão.
Mas ele se esqueceu de um pequeno detalhe, certamente ignorado porque Geraldo faz parte da turma de amigos da publicação: 2014 é ano eleitoral, e o nosso Geraldo quer mostrar aos eleitores que não é essa figura insossa e sem carisma, cujo governo não tem uma marca sequer que entusiasme, que mais parece uma agonia sem fim.
Não é preciso ser nenhum gênio para perceber as razões pelas quais, por exemplo, as obras do metrô, essenciais para a capital, andam em ritmo de tartaruga - elas têm de se adequar ao calendário eleitoral.
Os moradores de São Paulo podem estar certos de que em meados do ano que vem haverá um festival de inaugurações de todos os gêneros - estações e linhas de metrô incluídas, mesmo que sejam do nível da linha 4-Amarela, a mais nova, visivelmente subdimensionada e fonte permanente de problemas para os passageiros.
Isso, porém, não importa, é bobagem.
O que vale para políticos do nível de Geraldo é aparecer bem na propaganda eleitoral, com aquele riso falso, aquele discurso treinado por marqueteiros -alguém já reparou que as frases de Geraldo quase nunca têm verbo, são como slogans publicitários?
Gente como ele não se preocupa nem um pouco com o bem-estar da população.
Como tantos outros que ocuparam antes o cargo de governador, o nosso Geraldo certamente tem outras prioridades na vida.
Arranjar um jeito de ele e a sua turma continuarem a controlar esse maravilhoso palácio de contos de fadas que é dos Bandeirantes é o mais importante de tudo.
O esquema para 2014 está armado.
Além dessa despudorada manipulação dos investimentos, ele conta com uma férrea blindagem dos amigos da mídia, que, por mais incrível que possa parecer, sepultaram completamente o noticiário de uma das falcatruas mais escandalosas dos últimos tempos, essa do metrô paulistano.
Sorte dele, azar o nosso.
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